Sabia que uma neurotoxina encontrada no peixe e marisco pode ser a causa da esclerose lateral amiotrófica?
A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, é uma doença altamente debilitante que destrói neurónios no cérebro e na medula espinal, paralisando as vítimas até as incapacitar de respirar ou engolir. Era uma enfermidade bastante rara sem causa conhecida, que atingia 2 em cada 100 mil pessoas por ano. Hoje, no entanto, os diagnósticos de ELA estão a aumentar e a pesquisa sugere que uma neurotoxina encontrada em peixes e mariscos pode ser o culpado.
A BMAA é uma toxina que prolifera em cianobactérias, algas verde-azuladas que prosperam em ambientes aquáticos. Os animais aquáticos, desde peixes a caranguejos e moluscos, alimentam-se de algas verde-azuladas e, posteriormente, tornam-se uma eventual fonte de exposição à BMAA para os seres humanos. Experiências em tubos de ensaio revelaram que a toxina pode destruir as células nervosas motoras na medula espinal − exactamente as mesmas mortas pela ELA!
É muito provável que a humanidade tenha sido exposta à BMAA ao longo de toda a nossa história evolutiva, contudo os métodos agrícolas industriais aumentaram a concentração da toxina nos animais marinhos. Fertilizantes, resíduos animais, esgotos e solo erodido contaminam vários habitats aquáticos e ameaçam a nossa saúde.
Os cientistas prevêem que a exposição à BMAA irá aumentar, e as taxas de doenças neurodegenerativas, tais como as doenças de Alzheimer, Parkinson e ELA, aumentarão concomitantemente. Cada vez mais a pesquisa valida a ligação entre BMAA e ELA; de facto, tem-se demonstrado que a BMAA está presente nos tecidos do cérebro e medula espinal de pacientes com ELA e Alzheimer, tanto endémicos como esporádicos.
Procurando uma melhor compreensão da síndrome, o neurologista Elias Stommel do Centro Médico Dartmouth-Hitchcock encarregou os estudantes de conectarem os endereços de 200 pacientes com ELA, no Google Earth. Os padrões que surgiram foram surpreendentes! Tanto os doentes actuais como os falecidos viviam na proximidade de lagos e outras extensões de água. Em New Hampshire, muitas famílias de baixos rendimentos pescam em águas afectadas por cianobactérias, várias vezes por semana, como fonte de alimento de custo baixo ou nulo. Nas últimas décadas, a incidência de ELA aumentou até 25 vezes, nestas áreas!
Wisconsin também está a sofrer um aumento na incidência de ELA, em pessoas que comem peixe pelo menos uma vez por semana, metade dos quais são pescados no Lago Michigan, repleto de algas verde-azuladas.
Em Maryland, três pacientes com ELA viviam na mesma rua, numa pequena cidade a norte de Annapolis. Mas essas vítimas da doença tinham mais em comum do que a mera proximidade. Todos comiam caranguejos frescos capturados na Baía de Chesapeake, pelo menos uma vez por semana. Os investigadores testaram os caranguejos e descobriram que 2 em cada 3 deram resultado positivo para a BMAA.
Em todo o mundo, estudos de casos semelhantes têm sido relatados, na França, Finlândia e Ilhas Marianas.
Actualmente, a ligação entre BMAA e ELA é apenas uma teoria, mas a hipótese revela-se suficientemente forte para que 21 equipas de 11 países estejam a estudar os efeitos da BMAA na saúde humana. Enquanto a investigação decorre, os especialistas aconselham limitar o consumo de peixe e reduzir a exposição à BMAA e ao mercúrio, que podem ter um efeito tóxico sinérgico.
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