Terça-feira, 6 de Outubro de 2015

Ácido docosa-hexaenóico (DHA)

DHA (06-10-15)

Dose diária: 300 mg

O desempenho mental está dependente da qualidade das células cerebrais, e a qualidade das células cerebrais depende de serem alimentadas com DHA suficiente, que é um ácido gordo essencial absolutamente crítico para o bom funcionamento do cérebro.

O que acontece quando não tem bastante DHA no cérebro? Vai ficar deprimido, não vai estar tão inteligente ou alerta como poderia, e vai apresentar um maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Não é um retrato bonito! Se não estiver a tomar suplementos de DHA ou a fazer um verdadeiro esforço para pôr alimentos ricos em DHA no prato, é muito provável que não esteja a receber DHA suficiente para um desempenho cerebral óptimo. 

O cérebro precisa de DHA em grande quantidade. Cerca de 25 por cento da gordura total do cérebro humano é composta de DHA, em especial a membrana celular, que é extremamente dependente da quantidade adequada de DHA para funcionar de forma óptima. O DHA proporciona a flexibilidade necessária às membranas celulares do cérebro para uma comunicação eficiente, permitindo que as células cerebrais transmitam informações para que possa pensar melhor e mais rápido. Se não houver bastante DHA disponível para reparar e fazer novas células cerebrais, o cérebro vai usar gorduras más, como gorduras saturadas e ácidos gordos trans, o que pode tornar a membrana da célula cerebral dura e rígida. Se a membrana celular contém gorduras inferiores devido a uma escassez de DHA na dieta, a rede de comunicação do cérebro vai ficar comprometida. Como digo aos meus pacientes, a gordura “lenta” produz um cérebro “lento”, e a boa gordura produz um grande cérebro.

O DHA não é produzido pelo organismo, e deve ser obtido através dos alimentos ou suplementos. (É abundante em peixes gordos, como salmão, atum e sardinhas). O problema é que muitas pessoas não recebem bastante DHA na dieta e, como resultado, os seus cérebros não funcionam tão bem como deveriam. Nos últimos cem anos, devido às técnicas modernas de processamento dos alimentos, o consumo de ácidos gordos ómega-3 tem diminuído significativamente, no mundo ocidental. Como resultado, poucas pessoas podem consumir DHA suficiente, apenas através da dieta. A produção de DHA também pode ser dificultada por outros factores, incluindo o excesso de consumo de álcool e uma ingestão elevada de gorduras saturadas e ácidos gordos trans.

Num artigo inovador, publicado no Jornal Americano de Nutrição Clínica, os drs. Joseph Hibbeln e Norman Salem, dos Institutos Nacionais de Saúde, disseram que o aumento da depressão relatada na América do Norte, durante o século XX, se deveu provavelmente à diminuição de DHA na dieta. Num relatório recente, na revista Arquivos de Psiquiatria Geral, os pesquisadores demonstraram uma redução notável de 50 por cento na Escala de Avaliação da Depressão de Hamilton, em 54 por cento dos sujeitos da pesquisa que tomaram um suplemento de óleo de peixe com DHA, fornecendo provas científicas de que o DHA pode elevar o humor.

O défice alimentar em DHA pode ter um efeito profundo sobre as gerações futuras. Estudos recentes mostram que a quantidade de DHA no leite materno de mulheres americanas está entre os mais baixos do mundo. Nas crianças, níveis baixos de DHA têm sido associados a comportamentos violentos, dificuldades de aprendizagem, depressão e problemas visuais. Um estudo recente mostrou que os QI de crianças alimentadas com leite de fórmula foram oito pontos inferiores, em média, aos QI de crianças amamentadas. Os investigadores concluíram que a diferença no QI era devida à presença de DHA no leite materno. A Organização Mundial da Saúde recomendou que todas as fórmulas infantis sejam enriquecidas com DHA, e muitos fabricantes já adicionaram DHA à sua fórmula infantil. O DHA é tão vital para o cérebro que eu recomendo suplementos de DHA para pessoas de todas as idades, em todas as fases da vida.

De:  “The Better Brain Book” − David Perlmutter (Riverhead Books, 2004)

  

publicado por Rui Vaz às 15:21
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.temas principais

  • Anti-envelhecimento
  • Fitoterapia
  • Nutrição

  • Receitas
  • Saúde mental
  • Suplementos
  • Terapias
  • .posts recentes

    . Exercício físico

    . Cinco analgésicos perigos...

    . Exercício da serpente par...

    . Frango com vinagrete de m...

    . A manteiga faz mal à saúd...

    . O perigo das garrafas plá...

    . Alimentos que queimam gor...

    . Chá de pimenta-caiena

    . Relaxe: Controle o estres...

    . As sementes de damasco pr...

    . Cúrcuma para a depressão

    . Frango com limão

    . Sistema físico ideal de t...

    . Mantenha um diário de gra...

    . Problemas do sono

    . É seguro cozinhar com aze...

    . Schisandra: o fruto silve...

    . “Cereais” rápidos e croca...

    . Como fazer um lift facial...

    . Combata a postura sentada...

    .arquivos

    . Novembro 2015

    . Outubro 2015

    . Setembro 2015

    . Agosto 2015

    . Julho 2015

    .tags

    . anti-envelhecimento

    . anti-inflamatório

    . antibiótico natural

    . anticancerígeno

    . antioxidante

    . cancro

    . cérebro

    . colesterol

    . desintoxicação

    . doença cardíaca

    . doença de alzheimer

    . estresse

    . exercício físico

    . facto ou mito

    . fitoquímico

    . fitoterapia

    . nutrição

    . óleo essencial

    . ómega-3

    . químico tóxico

    . receita sem glúten

    . suplemento

    . terapia

    . toxina

    . vitamina

    . todas as tags

    .links

    RSS