São como um pêro

Do ponto de vista de um neurologista, a dieta padrão americana é um pesadelo. Está repleta com gordura de baixa qualidade que pode tornar as células do cérebro lentas, mas é escassa em gordura saudável que pode manter as células do cérebro flexíveis e “espertas”. Está cheia de comida muito processada e deficiente em nutrientes, saturada de açúcar e aditivos químicos que convidam praticamente os radicais livres e a inflamação a invadir o cérebro. Se eu tivesse de planear uma dieta com o único propósito de criar uma epidemia de mau funcionamento cerebral, envelhecimento cerebral acelerado, transtornos de humor e outros problemas neurológicos, seria esta que a maioria dos americanos já está a seguir.

Felizmente, a comida é medicina poderosa. Mudanças simples na dieta podem proteger o corpo e o cérebro contra o envelhecimento, a debilidade e a doença. Há uma escolha a fazer. Não temos de seguir a dieta americana padrão e continuar a andar por aí numa névoa de esquecimento! Tire para fora do prato os alimentos sem valor nutritivo, ricos em amido e gordura (grãos refinados e processados, como pão branco, arroz branco, batatas fritas, macarrão branco, cereais açucarados) e substitua-os por comida a sério, como cereais integrais não processados, cheios de vitaminas B que aumentam a capacidade mental, e frutas e vegetais ricos em antioxidantes. Elimine as fontes desnecessárias de açúcar (como refrigerantes e outras bebidas açucaradas, e petiscos), que estão a acrescentar esses quilos extra e aceleram descontroladamente a formação de radicais livres. Compre produtos orgânicos e carnes isentas de aditivos químicos, como pesticidas, hormonas de crescimento e antibióticos, que podem espalhar a inflamação por todo o corpo. Todas essas mudanças podem totalizar benefícios de saúde significativos, tanto para corpo como para a mente.

De:  “The Better Brain Book” − David Perlmutter (Riverhead Books, 2004)