Sexta-feira, 18 de Setembro de 2015

Este estratagema astucioso faz-nos engordar

Provavelmente já ouviu milhares de vezes que as hormonas são importantes para perder peso. E deve saber que a insulina − também conhecida como “hormona de armazenamento da gordura” − é produzida pelo corpo quando o açúcar no sangue (glicemia) sobe.

A glicemia sobe o máximo sempre que se ingerem carboidratos − especialmente carboidratos processados ricos em açúcar com alto teor glicémico, que os americanos (e europeus) adoram.

Sendo assim, a solução é fácil, certo? Cortar os carboidratos! Mas se é tão fácil, então por que é que muita gente tem tanta dificuldade em fazer isso? Por que razão, a despeito da enorme quantidade de informação que demonstra que os hidratos de carbono de alto teor glicémico contribuem para o aumento de peso, doenças cardíacas e até cancro, há tantas pessoas que continuam a comer compulsivamente os alimentos que nos fazem doentes, cansados, deprimidos e gordos? 

Por que é que continuamos a achar que massas, biscoitos, batatas fritas, doces, sorvete, cereais e bolos são comidas irresistíveis?

É porque o nosso cérebro foi sequestrado. Os “centros de prazer” no cérebro foram literalmente sequestrados. Perdemos o controlo de um interruptor biológico primitivo, situado profundamente no cérebro, que controla aquilo a que prestamos atenção, o modo como agimos e, mais importante, aquilo que comemos.

Esse interruptor é o “controlador dos impulsos” e, para a maioria de nós, tem estado completamente descontrolado. Encontramo-nos a comer precisamente os alimentos que sabemos deveríamos evitar.

Há aqui um ponto importante: comer e o desejo de comer são duas coisas diferentes e envolvem mecanismos distintos no cérebro. Como é que isso acontece? Simplesmente porque tudo está controlado por uma substância química no cérebro chamada dopamina. A dopamina controla o prazer; basicamente, opera o “circuito de recompensa” do cérebro.

O papel da dopamina é manter-nos totalmente concentrados a fazer as coisas que são fundamentais para a sobrevivência da espécie − como comida e abrigo. Quando perseguimos isso, sentimos um prazer intenso alimentado inteiramente pela dopamina.

O único problema é que descobrimos algumas maneiras ardilosas de enganar o cérebro para o fazer libertar dopamina e obter uma sensação de falsa “euforia” induzida quimicamente, por exemplo, com drogas, álcool e tabaco.

O “ímpeto” que se recebe dessas substâncias também é alimentado inteiramente pela dopamina. É a razão biológica para se ficar viciado. E, mais ainda, as fábricas de dopamina que são accionadas quando se bebe uma cerveja ou injecta heroína são exactamente as mesmas que são excitadas quando se come açúcar ou alimentos ricos em açúcar! De facto, alguns estudos têm mostrado que o açúcar é mais viciante do que a cocaína!

Com alimentos super-viciantes por toda a parte, as fábricas de dopamina acendem-se como árvores de Natal, o cérebro é sequestrado e ficamos totalmente impotentes para resistir a esse prato de massa amanteigada que faz crescer água na boca!

Pense em drogas, álcool, pára-quedismo, internet e açúcar. Estas são literalmente versões em grande dimensão de experiências cotidianas, que inundam o cérebro com a dopamina que nos faz sentir bem. Experimente-as com bastante frequência e, eventualmente, vai tornar-se insensível a qualquer coisa que não produza a mesma descarga enorme de dopamina.

Isto reprograma o cérebro de uma forma muito negativa, deixando-nos a querer − de facto, a precisar − cada vez mais destas substâncias que provocam um pico de dopamina para obter o mesmo efeito.

Tradução: os desejos de carboidratos refinados, açúcar e tudo o resto que nos põe doentes e faz gordos disparam e torna-se quase impossível resistir-lhes! E aqui está o problema − para quase toda a gente, a exposição repetida desactiva o interruptor controlador dos impulsos que diz “basta!”

O mesmo interruptor de controlo dos impulsos, que leva algumas pessoas à dependência de cocaína, também funciona para nos tornar obcecados por alimentos gratificantes. Quanto mais delicioso e agradável for um alimento, mais atenção lhe damos. Quanto mais atenção lhe dermos, com mais ardor o vamos procurar.

Infelizmente, esses alimentos gratificantes são exactamente os que provocam picos de açúcar no sangue, fazem com que insulina suba demasiado e, finalmente, viram do avesso o interruptor hormonal da queima de gordura. É então que se fica gordo e doente.

A dopamina é uma poderosa substância química do cérebro! Junte essa comida deliciosa com um forte estímulo emocional − por exemplo, a recordação maravilhosa de comer a torta de maçã da sua avó − e essas associações poderosas libertam tanta dopamina que os circuitos de recompensa ficam sequestrados. A força de vontade não tem nenhuma hipótese.

Lembre-se, a maioria das pessoas sabe exactamente o que fazer para queimar gordura; mas a menos que se obtenha controlo sobre os impulsos, esse conhecimento será inútil.

http://undergroundhealthreporter.com/impulse-control-weight-loss/

  

publicado por Rui Vaz às 08:29
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.temas principais

  • Anti-envelhecimento
  • Fitoterapia
  • Nutrição

  • Receitas
  • Saúde mental
  • Suplementos
  • Terapias
  • .posts recentes

    . Exercício físico

    . Cinco analgésicos perigos...

    . Exercício da serpente par...

    . Frango com vinagrete de m...

    . A manteiga faz mal à saúd...

    . O perigo das garrafas plá...

    . Alimentos que queimam gor...

    . Chá de pimenta-caiena

    . Relaxe: Controle o estres...

    . As sementes de damasco pr...

    . Cúrcuma para a depressão

    . Frango com limão

    . Sistema físico ideal de t...

    . Mantenha um diário de gra...

    . Problemas do sono

    . É seguro cozinhar com aze...

    . Schisandra: o fruto silve...

    . “Cereais” rápidos e croca...

    . Como fazer um lift facial...

    . Combata a postura sentada...

    .arquivos

    . Novembro 2015

    . Outubro 2015

    . Setembro 2015

    . Agosto 2015

    . Julho 2015

    .tags

    . anti-envelhecimento

    . anti-inflamatório

    . antibiótico natural

    . anticancerígeno

    . antioxidante

    . cancro

    . cérebro

    . colesterol

    . desintoxicação

    . doença cardíaca

    . doença de alzheimer

    . estresse

    . exercício físico

    . facto ou mito

    . fitoquímico

    . fitoterapia

    . nutrição

    . óleo essencial

    . ómega-3

    . químico tóxico

    . receita sem glúten

    . suplemento

    . terapia

    . toxina

    . vitamina

    . todas as tags

    .links

    RSS