Segunda-feira, 13 de Julho de 2015

O azeite faz bem ao coração?

Isso é um FACTO.

A dieta mediterrânea tem sido aclamada como a dieta mais saudável para o coração, em grande parte devido à sua predilecção por azeitonas e azeite de oliva. Um estudo de 2012, no Jornal Americano de Nutrição Clínica, mostrou que os indivíduos saudáveis do Mediterrâneo que consumiam diariamente azeite de oliva tinham uma redução de 44% nas mortes cardiovasculares, quando comparados com indivíduos mediterrânicos que não usavam azeite. Porém, uma pesquisa recente revelou que não é tanto o teor de gordura monoinsaturada do azeite que lhe confere os benefícios saudáveis para o coração, mas sim os polifenóis.

O azeite é rico em ácido oleico, uma gordura monoinsaturada que, até recentemente, se julgava ser o principal catalisador da sua acção benéfica para um coração sadio. Tem-se comprovado que o ácido oleico aumenta o colesterol HDL saudável e diminui o colesterol LDL prejudicial. No entanto, há uma inflexão na teoria do ácido oleico, porque outros óleos ricos em ácido oleico − como o óleo de canola − não exercem quaisquer benefícios cardio-protectores. 

Novas evidências vão-se acumulando, e tudo aponta para os compostos polifenólicos do azeite, que demonstraram uma influência directa na melhoria do colesterol sanguíneo e da função arterial, melhorando também a pressão arterial e a saúde global das artérias, com uma redução subsequente no risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e morte súbita por acidente cardíaco.

Um estudo publicado no Monitor da Ciência Médica, em 2004, mostrou que os adultos que tomaram diariamente 2 colheres de sopa de azeite extra-virgem, durante 6 semanas, tiveram uma redução média de 31,5 mg/dl no colesterol total e uma redução média de 30 mg/dl no “mau” colesterol LDL. O recente estudo Eurolive aponta para o mecanismo por trás desse benefício.

Os investigadores deram uma colher e meia de sopa de azeite com alto, baixo ou médio teor em polifenol, a homens saudáveis, diariamente durante 3 semanas. No final do estudo, os homens que beberam o azeite rico em polifenóis mostraram uma redução média do nível de LDL oxidado de 3,2 U/L, enquanto aqueles que beberam azeite pobre em polifenóis não apresentaram qualquer melhoria. (O LDL oxidado é prejudicial para o coração, porque penetra nas paredes das artérias, danificando o revestimento interior, provocando inflamação e acelerando a aterosclerose que pode causar um acidente cardiovascular.) Os homens alimentados com azeite rico em polifenol tiveram um aumento de 1,74 mg/dl no colesterol HDL (um aumento de 1 mg/dl no HDL está correlacionado com uma diminuição de 2,3% na doença cardíaca).

Décadas de pesquisa também mostram que o azeite pode diminuir drasticamente a pressão arterial, a tal ponto que com a suplementação diária talvez seja possível livrar-se das estatinas (fármaco usado para controlar os níveis de colesterol).

Os polifenóis, especialmente hidroxitirosol e tirosol, mas também verbascoside, ajudam a neutralizar os radicais livres, antes que eles possam oxidar e danificar as células e o DNA, além de contribuírem para baixar a pressão arterial e proteger contra a aterosclerose.

A oleuropeína ajuda a tratar a hipertensão arterial, combater os radicais livres e aliviar a inflamação crónica.

Os fitoesteróis diminuem os níveis de colesterol LDL no sangue, ao bloquear a absorção do colesterol no intestino delgado.

Opte por azeite de oliva extra-virgem, feito de azeitonas de primeira qualidade que são menos refinadas. Em perspectiva, os azeites refinados têm apenas 2,7 mg/kg de polifenóis, enquanto os azeites extra-virgens têm 150-350 mg/kg de polifenóis. Uma vez que a qualidade do azeite varia com os métodos de processamento, a temperatura, o solo, as condições de crescimento, etc., é melhor rever o “Guia do Comprador de Azeite” no site extravirginity.com.

De acordo com a Associação Americana de Produtores de Azeite, o azeite é estável ao calor até 410º F (210º C).

http://undergroundhealthreporter.com/fact-or-myth-is-olive-oil-good-for-your-heart/

 

publicado por Rui Vaz às 14:45
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