Sexta-feira, 2 de Outubro de 2015

Proteja o sistema cardiovascular, controlando a digestão

Pós-prandial (02-10-15)

Já ouviu falar no termo “pós-prandial”? Refere-se simplesmente às mudanças que ocorrem no corpo, depois de ter comido uma refeição.

E uma das refeições que muitas vezes pode inviabilizar os seus melhores esforços quanto à dieta é o jantar. A refeição pela qual esperou, no final de um longo dia de trabalho, pode ser a refeição que eleva acentuadamente o açúcar no sangue, aumenta os lipídios no sangue, a inflamação, o estresse oxidativo e faz subir a pressão arterial. É uma refeição que é um pesadelo cardiometabólico e aumenta o estresse sobre o coração e as artérias.

Mesmo que tenha comido cuidadosamente de forma saudável, durante a maior parte do dia − como ingerir um alto teor de fibras e proteínas ao pequeno-almoço, uma salada rica em fitonutrientes ao almoço e algumas nozes e legumes cortados à merenda − a maioria das pessoas sente que ganhou o direito de fazer gala ao jantar e desfrutar uma refeição que pode incluir demasiadas gorduras e carboidratos prejudiciais, poucos nutrientes saudáveis e muitas calorias. 

Os cientistas e médicos usam o termo combustão pós-prandial para definir o período mais energético após uma refeição. Este “fogo” pode durar apenas quatro a seis horas. No contexto de uma refeição saudável, o corpo utiliza a combustão pós-prandial para manter o coração, pulmões, sistema digestivo e outras funções vitais.

Na América moderna, porém, usamos ingredientes insalubres e fazemos receitas pouco saudáveis. Em seguida, agrupamos estas receitas prejudiciais para criar refeições ainda menos saudáveis. Combinando tudo isso com doses muito grandes, o fogo pós-prandial está agora fora de controlo. Sem querer, colocou o seu sistema metabólico num estado de sobrecarga, criando um ataque inflamatório no interior das artérias.

Neste ambiente “ardente”, a gordura é produzida e depositada, o colesterol provoca os maiores estragos, aumenta o estresse oxidativo que danifica as células, o açúcar no sangue sofre oscilações e a pressão arterial acumula-se. Repita agora este processo, algumas vezes por semana, 52 semanas por ano, estendendo-se ao longo de décadas e pode ver como a combustão pós-prandial, se não for controlada, pode danificar o coração, as artérias e a saúde cardiovascular global.

O dano cumulativo pode ser significativo, acelerando o envelhecimento arterial, levando a ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e perda de capacidades mentais − resultando mesmo em demência.

E o pior é que a maioria dos americanos encontra-se com um metabolismo pós-prandial demasiadamente excitado, não só após uma refeição, mas também durante todo o dia. Com o pequeno-almoço, começa a combustão. Com as merendas, as brasas incendeiam-se. Com o almoço, outro lanche, o jantar e a ceia, o fogo alastra realmente fora de controlo.

De acordo com dr. James O’Keefe do Instituto do Coração América Média, a “dieta altamente processada, rica em calorias e pobre em nutrientes, favorecida na cultura americana actual” leva frequentemente a picos pós-prandiais exageradas na glicemia (açúcares) e lipidemia (gorduras) no sangue.

O dr. O’Keefe escreve ainda que os padrões alimentares, “tais como as dietas tradicionais do Mediterrâneo ou de Okinawa, reduzem a inflamação pós-prandial e, deste modo, o risco cardiovascular. Melhorias na dieta exercem profundas mudanças favoráveis, de forma imediata, nestes distúrbios pós-prandiais”.

A inflamação pós-prandial é um factor independente, usado para avaliar a qualidade da comida, para além dos parâmetros bem conhecidos do valor nutricional, teor calórico e quantidade de hidratos de carbono, gorduras, proteínas, sais minerais e vitaminas. É necessário comer de uma forma que ajude a controlar a combustão pós-prandial nas artérias.

Comer é um dos prazeres simples da vida, e procurar estes prazeres básicos está fundamentalmente codificado no ADN. Talvez algumas pessoas com uma grande dose de disciplina pessoal possam lutar contra o instinto do prazer, mas a maioria das pessoas tem dificuldade em fazer isso.

Mas há boas notícias! É possível encontrar um meio termo saudável. Os alimentos podem ser deliciosos e saudáveis, ao mesmo tempo. Tudo reside numa alimentação inteligente.

Algumas das maneiras como pode facilmente comer de forma mais inteligente para diminuir a ardência pós-prandial consistem em criar um equilíbrio nos ingredientes alimentares que ajudem a suportar a habilidade natural do corpo para controlar a combustão pós-prandial, em vez de acender uma labareda selvagem.

  • Comer fibras pode retardar a absorção de açúcar, reduzindo o impacto glicémico de qualquer refeição.
  • Os esteróis vegetais e as fibras solúveis da aveia, cevada, feijões, batata konjac (glucomanano) e fruta bloqueiam a absorção do colesterol existente nos alimentos, bem como a reabsorção do colesterol produzido no corpo.
  • O consumo de ómega-3 de peixes e marisco pode ajudar a impedir a subida dos triglicéridos e compensar a inflamação causada por outros tipos de gorduras e óleos.
  • As especiarias também podem ajudar a reduzir o impacto inflamatório do consumo de carne, bem como o impacto do consumo de alimentos cozidos oxidados. Da mesma forma, os antioxidantes dos alimentos ajudam a neutralizar o estresse oxidativo causado pela actividade metabólica, após uma refeição. 

http://undergroundhealthreporter.com/postprandial-burn/ 

 

publicado por Rui Vaz às 08:28
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